Unidades de saúde lotadas, horas de espera por atendimento médico e pacientes sentados no chão. O relato de pacientes retrata o cenário diário das Upas (Unidade de Pronto Atendimento) de Campo Grande, que segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) teve aumento de 20% na demanda de pacientes na última semana.
Na quarta-feira (24) diversos foram os relatos de pacientes ao, sobre superlotação nas unidades de saúde. No Upa Coronel Antonino, pacientes reclamavam da superlotação e demora no atendimento.
Por lá, uma paciente acionou um guarda municipal de plantão para ajudar um paciente que estava deitado no chão, enquanto aguardava por atendimento. Ela afirma, que o guarda ajudou a encontrar uma cadeira para o homem sentar.
No Upa Nova Bahia, leitor relata demora de uma hora e meia para passar pela triagem. Nesta semana reportagem mostrou maratona de horas enfrentada por um paciente em busca de atendimento.
Aumento da demanda de pacientes
Ao Sesau confirma aumento de 20% na demanda de pacientes nas unidades de saúde nos últimos dias. Porém, afirma que o movimento ainda é menor do que o registrado em março, quando um surto de doenças respiratórias lotou hospitais públicos e privados, com aumento de casos principalmente em bebês.
Apesar do aumento confirmado de pacientes desde o início da segunda quinzena de maio, a Sesau afirma não ter um detalhamento das doenças que têm levado esses pacientes às unidades de saúde. Mas é certo que o clima seco e frio aumentam doenças respiratórias e Campo Grande vive epidemia de dengue.
A Sesau afirma ainda que tem aumentado o número de pacientes que chegam às Upas em estado grave e demandam maior dedicação dos médicos, pressionando assim o atendimento aos pacientes que aguardam com menos gravidade.
Aumento de casos de pneumonia em pacientes
A união do ar seco e frio, típicos do outono, tem potencial para agravar doenças respiratórias. Depois de um surto em março que atingiu principalmente os bebês, hospitais públicos e privados voltam a lotar e especialista alerta para a ocorrência de pneumonias bacterianas. Crianças e idosos são considerados grupos de risco para as doenças respiratórias.
O pneumologista Ronaldo Perches explica que o ar seco e frio diminui as defesas das vias aéreas, provocam inflamação e aumentam as chaves de complicações por infecções mais graves. O cenário é típico dos meses entre maio e julho, quando as temperaturas amenas e a falta de umidade do ar estão mais intensas.
Fonte: Midiamax
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