Equipe do Garras está auxiliando a polícia local com à investigação da chacina de quatro homens, na madrugada deste sábado (7), em Ponta Porã, cidade na fronteira com o Paraguai. Além disso, a Polícia do Paraguai também está com uma equipe no local.
Sendo que três mortos estavam na garagem alvejados por diversos disparos e o quarto foi localizado no quintal da residência. Na casa a perícia localizou e apreendeu em um dos quartos três pistolas.
As vítimas foram identificadas como Gabriel dos Santos Peralta, de 16 aos, Luan Vinícius Cândia da Silva, de 17 anos, Jornas Wesley Moraes Deterfam, de 18 anos e Xilon Henrique Vieira da Silva, de 20 anos.
Segundo informações do ABC Color, as vítimas entraram com o veículo na garagem da residência no momento em que foram alvejadas. Quando a polícia chegou no local, o Chevrolet Ônix, com placa de Ponta Porã, ainda estava com o motor ligado.
Está a frente da investigação o delegado Júlio César Batista de Lima, do 1º Distrito Policial de Ponta Porã. A entrada da equipe da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assalto e Sequestro (Garras), pode indicar que a investigação esteja tomando outra linha.
CALMARIA
Desde o começo do ano até esta sexta-feira (6), 20 pessoas haviam sido assassinadas em Ponta Porã, o que equivale a uma morte a cada 14 dias. É a menor média desde 2013, ano em que a Sejusp começou a computar e divulgar os dados.
“Calmaria” semelhante havia ocorrido no ano passado, quando a cidade que faz fronteira com cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero havia registrado 28 assassinatos, o que equivale a uma morta a cada 13 dias.
Nestes 11 anos, o mais sangrento foi 2021, quando os dados oficiais apontaram 65 homicídios, dando uma morte a cada 5,6 dias. Parecido com isso foi 2016, ano em que ocorreu o assassinado de um dos chefões do crime organizado na fronteira, Jorge Rafat. Naquele ano, Ponta Porã foi palco de 64 assassinatos.
Os dados da Sejusp também apontam que historicamente, Ponta Porã concentra quase 10% dos assassinatos de Mato Grosso do Sul, chegando a quase 14% dos 489 registros de 2021.
No ano passado e em 2023, porém, esta participação recuou para menos de 6%, confirmando que as quadrilhas que dominam o narcotráfico, o tráfico de armas e o contrabando estão (ou estavam) vivendo uma espécie de trégua.
Fonte: CorreioDoEstado
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