Onda de calor que atingiu Mato Grosso do Sul fez o uso de energia elétrica atingir patamares nunca antes vistos. Segundo a Energisa, nos dias 21, 25 e 26 de setembro, o Estado bateu recorde de consumo, os índices mais altos já computados pela companhia.
No dia 21, primeiro grande pico, o consumo chegou a 1.248 watts por hora. O recorde foi batido quatro dias depois, quando no dia 25 a empresa registrou uso diário de 1.395 watts por hora. No dia seguinte, 26 de agosto, uma nova elevação: 1.403 watts por hora.
Em abril, junho e agosto nós superamos o consumo de energia no comparativo com os mesmos meses do ano passado”, detalha.
Com o aumento elevado, somente nos primeiros 25 dias deste mês, a Energisa registou 74 ocorrências relacionadas ao calor, que resultaram em média 2,2 mil clientes com fornecimento interrompido.
Mas por que a energia acaba?
Helier Fioravante, gerente de operações da empresa, afirma que a Energisa trabalha de acordo com dados de consumo da população. Neste contexto, a empresa precisa ser informada sobre eventuais aumentos de potência para que se antecipe e esteja preparada para atender a demanda, evitando assim, episódios como os registrados na última semana.
“Um problema que enfrentamos hoje é o aumento crescente de troca de disjuntores nos bairros. Os moradores chamam um eletricista, fazem a troca e não avisam e precisamos ser informados sobre essas trocas”, explica.
De acordo com ele, plano de contingência foi criado englobando ações de trabalho durante ondas de calor, inclusive, técnicos já se preparam para novos picos de altas temperaturas previstos para outubro.
Com 292 ações, os comandos serão divididos nos campos de antecipação, recuperação e aprendizado, como exemplo, estão trabalhos de ampliação da malha logística de materiais, treinamentos e manutenção de veículos. Em recentes ações de prevenção, a empresa já substituiu 212 transformadores de distribuição e fez reforma em 340 pontos.
“Estamos simulando em tempo real alguns problemas e falhas para que estejamos preparados para essa onda de calor”, disse o gerente.
Como resultado ao aumento de consumo, a previsão é de que em outubro consumidores sintam a conta mais ‘salgada’ que o normal, com aumento no valor convencional.
Fonte: Midiamax
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