O Sisem (Sindicato dos Funcionários e Servidores Municipais de Campo Grande) se posicionou sobre a declaração da prefeita Adriane Lopes (Patriota) de que poderia aplicar reajuste apenas pela inflação para os servidores públicos municipais. De acordo com o sindicato, a prefeitura está ’empobrecendo’ o servidor.
Durante evento de entrega dos prêmios da Nota Premiada Campo Grande, realizado nesta terça-feira (9), a prefeita disse que o percentual do reajuste salarial será fechado ainda nesta semana. Porém, o índice não deve ser maior que a inflação do período.
De acordo com o presidente da Sisem, Marcos Tabosa, a inflação nos últimos sete anos ficou em torno de aproximadamente 38%, e durante esse período a prefeitura só deu 17,04% de reposição de inflação. “A prefeitura está empobrecendo o servidor público em aproximadamente 20% da reposição da inflação. Se ela só repor a inflação esse ano, ela ainda vai estar empobrecendo os servidores públicos”, afirma.
O sindicato pede pelo ganho real e um aumento do auxílio-alimentação, do bolsa-alimentação, do pró-funcionário. Além disso pede que reposição da inflação tem que passar também por todas as produtividades da prefeitura. “A gente vai pressionar o Executivo para melhorar não só reposição da inflação, mas um ganho real e aumento em todos os penduricalhos”, explica o presidente do sindicato.
Governo de MS vai repor inflação no reajuste dos servidores em 2023
O Governo do Estado se adiantou e vai conceder 5% de reajuste aos funcionários públicos de Mato Grosso do Sul. O Projeto de Lei 110/2023 já foi aprovado em primeira discussão pela Alems (Assembleia Legislativa do Estado de MS).
O índice de 5% visa a recomposição da perda inflacionária. Na justificativa do projeto, o governador Eduardo Riedel (PSDB) frisa que esse percentual de revisão salarial “não se estende aos servidores públicos estaduais ocupantes dos cargos de professor, especialista em educação, professor-leigo e professor do quadro suplementar, ativos e inativos com paridade, e a seus respectivos pensionistas”.
Ele lembra que o piso nacional dos profissionais da educação é regido pela Lei Federal 11.738/2008, logo, a categoria terá projeto próprio de aumento salarial.
Caso aprovada, a proposta passa a vigorar a partir de 1º de maio para os servidores do Estado e nas datas-bases estabelecidas nas legislações específicas para os integrantes da Defensoria Pública, do Tribunal de Contas, do Ministério Público de Contas, da Assembleia Legislativa, do Poder Judiciário e do Ministério Público do Estado.
Fonte: Midiamax
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