Em entrevista ao Canal Rural, o vice-presidente da Faesp, Tirso Meirelles, afirmou que as recentes invasões do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) não têm a ver com a busca por uma reforma agrária, mas são ações extremamente políticas.
Ele destacou que a agricultura moderna exige alta tecnologia e produtividade, e que simplesmente colocar uma pessoa sem aptidão em uma propriedade rural não funciona. É preciso ter uma estrutura por trás para que haja inovação e tecnologia na produção.
“Extremamente político. Eu vou dar um exemplo. Há quatro ou cinco anos, o Tribunal de Contas da União fez um grande levantamento sobre todas as reformas agrárias que ocorreram no país e constatou inúmeros desvios de recursos. Isso acontece porque para realizar uma reforma agrária é necessário avaliar a aptidão das pessoas. Não se pode simplesmente colocar qualquer um, pois a agricultura hoje é uma atividade altamente tecnológica. Os pequenos e médios produtores rurais precisam de tecnologia para aumentar sua produtividade e se manterem competitivos. Caso contrário, os custos aumentam muito e é impossível manter a atividade. Por isso, se alguém sem aptidão entra na atividade, é improvável que obtenha sucesso. É preciso uma estrutura para oferecer inovação e tecnologia na produção”, afirma.
Na semana passada, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) protocolou uma ação com pedido de liminar para impedir invasões de propriedades rurais no país.
O pedido judicial da CNA leva em consideração as ameaças de invasões a propriedades rurais no país e solicita ao STF a determinação ao MST e à Frente Nacional de Lutas Campo e Cidade (FNL), bem como outros grupos organizados, que suspendam qualquer política ou estratégia de promoção de invasões de terras.
Diversas entidades se manifestaram sobre o assunto, declarando apoio às iniciativas jurídicas para barrar as invasões de terra. Entre elas, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp).
Segundo Tirso Meirelles, para inibir essas ações é preciso levar a Constituição a ferro e fogo.
Ele defende que o governo precisa sinalize que não tolera invasões de propriedades.
“A Constituição deve ser respeitada e defendida. É preocupante que o governo esteja permitindo essas invasões. O fato de o presidente Lula ter levado o líder do MST, João Pedro Stédile, em uma viagem internacional à China, enquanto incentivava a invasão de propriedades e a criação de conflitos, é um exemplo disso. Na semana passada, as federações de agricultura se uniram e apresentaram documentos ao Supremo Tribunal Federal para impedir que Stédile continue promovendo esses movimentos de invasão, que violam a Constituição, e exigir sua prisão”.
Fonte: CanalRural
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