Índice da soja cai nos EUA por causa do Brasil

Houve uma série de fatores concorrentes por trás de uma queda líquida de 2% mês a mês.

Uma provável safra recorde no Brasil, com os problemas de produção da Argentina já contabilizados, e a demanda fraca estiveram no topo da lista de fatores por trás da redução dos preços das oleaginosas nas últimas semanas. O Conselho Internacional de Grãos (IGC), em seu Relatório do Mercado de Grãos de 16 de março, disse que seu subíndice de preços da soja havia caído cerca de 3% em relação ao mês anterior, “decorrente de cotações mais suaves em todas as origens”.

Houve uma série de fatores concorrentes por trás de uma queda líquida de 2% mês a mês nos futuros spot de Chicago, disse o IGC. “Embora as expectativas de uma queda acentuada na produção (de soja) na Argentina fossem inicialmente favoráveis, isso foi contrabalançado pela pressão da debulha do que deve ser uma safra recorde no Brasil ”, disse o relatório. “Além do sentimento pessimista, houve uma demanda internacional sazonalmente mais lenta por suprimentos dos EUA, bem como mercados mais fracos para produtos de soja. Mais recentemente, as renovadas preocupações dos mercados econômico e financeiro influenciaram negativamente.”

O IGC estimou os valores das exportações do Golfo dos EUA em US$ 586 FOB, uma queda de 2% no mês. Uma queda mensal de quase 5%, para US$ 535 FOB, nas cotações de exportação brasileiras (Paranaguá) foi “principalmente ligada à colheita em andamento e um aumento nas vendas dos produtores”, disse o IGC. “Embora os preços fob de Up River na Argentina também estivessem um pouco mais baixos, as ofertas foram consideradas nominais em meio à diminuição das perspectivas de colheita e às fracas vendas dos agricultores.”

Fonte: AgroLink