Com mais de 800 casos de dengue, MS pode ter primeiro registro do tipo 4 em 2025

O estado de Mato Grosso do Sul pode ter registrado o primeiro caso de dengue tipo 4 do ano. É o que aponta o Boletim da Secretaria de Estado de Saúde divulgado nesta sexta-feira (21).

Além desse dado, foram confirmados nesta edição do boletim, o número de 804 casos de dengue em 2025, e também a primeira morte pela doença no Estado. O óbito ocorreu no município de Inocência. Outros dois óbitos estão sob investigação.

No caso do registro do tipo 4, o boletim aponta que o infectado é residente na região do ‘Baixo Pantanal’, e que o ‘caso de DENV 4 (dengue tipo 4) está em investigação, trata-se de resposta vacinal’. A fonte é o Gerenciador de Ambiente Laboratorial, com dados atualizados na quinta-feira (20).

No total, o Estado já contabiliza 2.515 casos prováveis da doença, em todos os sorotipos. Nos últimos 14 dias, os municípios de Japorã e Pedro Gomes apresentaram incidência média de casos confirmados. Já em relação a casos suspeitos, os municípios com alta incidência são Jateí, Glória de Dourados, Paraíso das Águas, Pedro Gomes e Sete Quedas.

Além da dengue, o Estado registrou 1.468 casos prováveis de Chikungunya, com 130 confirmações no Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação). Até o momento, não há mortes pela doença. A SES reforça a orientação para que a população evite a automedicação e procure atendimento médico ao apresentar sintomas.

Tipo 4

Segundo o Ministério da Saúde, a dengue tipo 4 (DENV-4) tem sintomas semelhantes aos outros sorotipos, incluindo febre alta, dor de cabeça, dor no corpo, dor atrás dos olhos e erupções cutâneas.

Pode causar dengue grave, especialmente em pessoas que já tiveram infecção por outro sorotipo. Assim, a reinfecção pode ser perigosa, ou seja, quem já teve dengue por um sorotipo diferente pode ter maior risco de desenvolver formas mais graves da doença ao contrair o DENV-4.

A dengue tipo 4 não é mais ou menos letal que os outros sorotipos, mas sua circulação pode aumentar os casos graves porque mais pessoas podem ser infectadas por um novo tipo do vírus.

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