A Justiça cancelou audiências de conciliação que poderiam chegar a um acordo entre a JBS e moradores do Nova Campo Grande que entraram com processos solicitando indenização pelo mau cheiro exalado pelo frigorífico no bairro.
São cerca de 200 ações contra a gigante de alimentos. O valor pedido varia de R$ 25 mil, R$ 50 mil, R$ 75 mil ou R$ 150 mil a depender da quantidade de pessoas que entraram contra o frigorífico no mesmo processo. Além disso, também é pedido indenização por desvalorização dos imóveis da região.
Assim, o juiz Flávio Saad Peron, da 15ª Vara Cível de Competência Residual, chegou a marcar audiências para tentar acordo entre as partes em diversas ações.
No entanto, as que já haviam sido marcadas estão sendo canceladas. Isso porque a JBS já informou à Justiça que não tem interesse na audiência “em razão do grande volume de ações que possuem a mesma causa de pedir, pedidos e partes e em razão da impossibilidade de conciliação, diante do próprio desinteresse da parte autora“.
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“Péssimo o odor do curtume e também do aterro sanitário. Quando muda o tempo e começa a chover piora”, diz um morador ao Jornal Midiamax. O problema do mau cheiro na região é antigo. Conforme apurado pela reportagem, o número de ações individuais de moradores contra a indústria pode chegar a 200.
Outros moradores ouvidos pela reportagem confirmaram relatos de trégua ‘por pouco tempo’, mas que os episódios de forte odor se intensificaram desde meados de outubro de 2024.
A situação é um problema que afeta tanto a vida dos moradores, que muitos se mobilizaram e ajuizaram cerca de 200 ações pedindo indenização por conta do problema.
Nova fiscalização confirma emissão de ‘forte odor’ e manda JBS tomar providências
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Nova fiscalização constatou que a unidade frigorífica continua exalando mau cheiro e determinou uma série de providências à gigante de alimentos.
Recentemente, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) recebeu novas denúncias de moradores dos arredores do frigorífico sobre ‘odor terrível’ vindo da JBS.
Diante disso, a equipe técnica do Daex (Secretaria de Desenvolvimento de Apoio às Atividades de Execução) realizou nova fiscalização no local e confeccionou, em outubro, novo laudo sobre a situação na planta da JBS.
Assim, os técnicos confirmaram os relatos dos moradores e, através de estudos e análises, concluíram que é possível haver incômodo a partir do forte odor emitido pela produção do frigorífico. “Relevante destacar que em situações de constante percepção/inalação desses odores pela comunidade adjacente ao frigorífico, o incômodo pode surgir”.
Isso ocorre devido a uma série de ‘falhas’, segundo os técnicos, que devem ser sanadas. Por exemplo, a nova vistoria constatou que “foi possível confirmar a presença de aberturas capazes de permitir o escape de gases oriundos do processo produtivo”.
Fonte: Midiamax
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