Os três jovens, de 23, 24 e 26 anos, apontados como responsáveis pelo pacote com lança-perfume que explodiu na mão do funcionário de uma transportadora, no Coronel Antonino, em Campo Grande, tiveram a prisão preventiva decretada, nesta quarta-feira (20).
O trio foi preso por uma equipe da Força Tática do 9º BPM (Batalhão de Polícia Militar) poucas horas depois da explosão na segunda (18). Eles aguardavam a encomenda com o entorpecente vinda do Rio de Janeiro.
Durante o interrogatório na delegacia, um dos jovens disse à polícia que receberia R$ 300 do comparsa para receber o pacote com lança-perfume em sua casa, no bairro Danúbio Azul.
“Assim, em razão de todo o exposto, bem como em decorrência dos efeitos maléficos ocasionados à saúde pública, como um todo, a alta possibilidade de psicodependência das substâncias apreendidas, somados ao modus operandis da suposta conduta imputada a(à) os autore (a) (s) do fato, da gravidade em concreto, julgo não ser recomendável a concessão de medida cautelar mais branda”, justificou.
Assim, o trio teve a prisão preventiva decretada e foi encaminhado ao presídio.
Interrogatório
Durante o interrogatório na delegacia, o jovem alegou que conheceu o dono do lança-perfume há dois anos. Disse também que, na semana passada, o comparsa entrou em contato perguntando se ele queria ganhar R$ 300 para receber uma encomenda que chegaria pelos correios.
Durante a proposta para receber a encomenda, o comparsa teria dito que era apenas uma caixa de mercadoria e que não tinha problemas. Como estava precisando de dinheiro, o jovem disse à polícia que aceitou receber a encomenda e passou o endereço para o comparsa.
Com isso, ele combinou para a encomenda ser entregue na segunda (18). Em seguida, ele receberia o dinheiro. Porém, a encomenda não chegou e o rapaz mandou mensagem para o dono do pacote lhe questionando, momento em que ele respondeu que iria chegar.
Já por volta das 20h30, os policiais militares abordaram o jovem em casa e ele afirmou que estava esperando uma encomenda, que não chegou.
Em seguida, os militares lhe disseram que a encomenda continha frascos de lança-perfume, que explodiram durante a entrega. Então, ele respondeu que não sabia do conteúdo da encomenda e indicou o responsável pela droga.
Durante a prisão do jovem, os militares fizeram a varredura na casa e no quarto, ao lado da sala, e encontraram três balanças de precisão; R$ 514 em cédulas; e a quantidade de nove porções, pesando 238 gramas de maconha.

Explosão de pacote
O pacote que explodiu na mão de um funcionário de uma transportadora, no bairro Coronel Antonino, em Campo Grande, nesta segunda-feira (18), era de embalagens de lança-perfume.
O pacote explodiu quando o funcionário deixou cair a caixa no chão ao manuseá-la. Com a queda, o produto que estava em recipientes de vidro e sob alta pressão acabou estourando. De acordo com informações obtidas pelo Jornal Midiamax, o produto que estava pressurizado faz um efeito metralha com os vidros dos invólucros.
A encomenda veio de Itaboraí, no Rio de Janeiro, com destino a um morador do bairro Danúbio Azul. Foi descartado qualquer material explosivo na transportadora ou em outras caixas. O único frasco restante foi despachado para destruição.
Imagens mostram momento da explosão
A explosão aconteceu às 14h07 da tarde desta segunda (18), quando o trabalhador estava organizando algumas caixas nos fundos do galpão. Ele manuseia uma caixa amarela, quando em determinado momento, ele troca o objeto de lugar e ocorre a explosão.
Após a explosão, o funcionário teve a mão atingida e sofreu ferimentos leves. Ele foi levado para atendimento médico, mas logo recebeu alta.
No local, os militares do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) usaram um canhão para realizar a neutralização do material com mais segurança. Após os trabalhos, o pacote foi encaminhado para perícia para confirmar qual o material que causou a explosão na mão do funcionário da transportadora.
O advogado André Molento e o proprietário da transportadora conversaram com a reportagem do Jornal Midiamax. Assim, eles afirmaram que a empresa é terceirizada e recebe encomendas de todo o Brasil. O pacote que explodiu na mão do funcionário veio do Rio de Janeiro.
Então, após o recebimento, a empresa realiza a distribuição das encomendas para Campo Grande e todo o estado de Mato Grosso do Sul.
fonte: Midiamax
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