Levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Resultado (IPR) a pedido do Correio do Estado indica que o morador de Campo Grande está otimista com suas finanças particulares para este ano, mas não muito em relação ao cenário macroeconômico nacional.
A polarização política, conforme análise do diretor do IPR, Aruaque Fressato Barbosa, pesa nessa avaliação do tema em razão das diferentes perspectivas.
No que diz respeito às finanças pessoais, o IPR perguntou aos moradores de Campo Grande qual a expectativa deles para este ano, em comparação com 2023. Uma maioria significativa não hesitou em afirmar que o ano que se inicia será melhor: 51,74%.
Os que disseram que o ano será pior somaram 27,86%, enquanto os que ficaram indiferentes e disseram que o novo ano será igual ao que se encerrou totalizaram 19,90%.
Quando o espectro da pergunta fica mais abrangente, o pessimismo toma conta dos entrevistados. No panorama nacional, a maioria (43,03%) diz que este ano será pior em termos econômicos, enquanto 34,33% afirmam que o ano que começa será melhor.
Os que afirmaram que o ano que se inicia será igual somam 21,14% dos entrevistados. Os que não quiseram ou não souberam responder totalizaram 1,49%.
Um recorte desta pesquisa, publicado na edição do dia 28 de dezembro de 2023 do Correio do Estado, ajuda explicar esses sentimentos opostos sobre o mesmo tema: o alto número de bolsonaristas na cidade.
Conforme publicamos na semana passada, em Campo Grande, 54,67% dos eleitores disseram ser neutros, 31,84% afirmaram ser bolsonaristas e 11,19%, petistas. Os que não quiseram ou não souberam responder representavam 0,5% dos entrevistados.
“Quando a gente separa entre bolsonaristas e petistas, os bolsonaristas têm uma perspectiva muito negativa em relação ao ano que vem [2024]. Acreditam que será um ano pior, vai aumentar desemprego, não vai gerar renda”, explicou Aruaque Barbosa.
A pesquisa mostra isso quando os dados (e expectativas) são aprofundados. No que se refere à inflação, 62,1% creem que ela vai aumentar neste ano, 10,7% acreditam que ela vai diminuir e 24,38% afirmam que ela se ficará como está. Os que não souberam ou não opinaram somaram 2,74%.
Quanto ao desemprego, o pessimismo também prevalece, apesar de o Estado ter encerrado 2023 com apenas 4% de desocupação, segundo o IBGE, e de ter gerado 36 mil postos de trabalho com carteira assinada.
Os que consideram que o desemprego aumentará são 38,1%, os que acham que vai diminuir, 25,37%, e os que consideram que ele se manterá como está, 35,82%. Os que não souberam ou não opinaram não chegam a 0,5%.
Quanto ao poder de compra, mais pessimismo: 52,24% dizem que vai diminuir, e 17,41% dizem que vai aumentar. Os que acham que ficará como está são 1,24%.
Polarização
A pesquisa IPR/Correio do Estado também verificou uma forte polarização da renda em Campo Grande. Um total de 45,77% dos entrevistados disseram que o que ganham não é suficiente.
Os que acreditam que a renda é exatamente o que precisam para viver somam 39,80%. Um contingente de 10,95% dizem que o que ganham é muito pouco e têm dificuldades, e 3,48% dizem que é mais do que suficiente para viver.
Estratificação
O pessimismo dos bolsonaristas e o otimismo dos petistas fica evidente quando eles são separados nas respostas da pesquisa.
Entre os 51,74% que esperam um ano melhor para suas finanças, 82,22% se declaram petistas (eles são 11,9% no total), 52,47% se disseram neutros (no total eles são 54,57%) e 40,63% afirmar ser bolsonaristas (eles são 31,84% do total).
Entre os 27,86% que consideram que o próximo ano será pior estão 40,63% dos bolsonaristas, 24,23% dos neutros e apenas 6,67% dos petistas. Já entre os que consideram que o próximo ano será igual, estão 22,91% dos neutros, 17,97% dos bolsonaristas e apenas 11,11% dos petistas.
Na estratificação dos que preferiram não responder (0,5% ao todo), a maioria também é bolsonarista.
Fonte: CorreioDoEstado
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