No dia 25 de setembro de 2023, na Escola Municipal Carlos Drummond de Andrade em Chapadão do Sul, um aluno de 10 anos de idade sofreu agressões no pátio da escola por outro aluno de 13 anos. Mesmo tendo monitoras no local, a agressão não foi separada. A família registrou Boletim de ocorrência no mesmo dia.
De acordo com informações, a agressão foi motivada por xingamentos e ofensas entre os alunos. Nossa equipe de reportagem teve acesso aos vídeos, onde pode ver o menino de 10 anos sentado em frente a sala da diretora, com outro colega, quando outros dois se aproximam e começam a discussão. Quando o sinal de retorno a sala de aula toca, o estudante mais velho disfere um chute no mais novo, que tenta reagir, quando outro se aproxima e disfere vários socos no menino, que caído ao solo, protege seu rosto e leva diversos socos na nuca. De acordo com o relato da mãe, levou alguns dias para que a nuca do menino desinchasse.
Em todas as filmagens podemos ver que nenhum adulto interviu, e o menino, de apenas 10 anos, apanhou, se machucou, e mesmo com fortes dores teve que se levantar sozinho e ir pedir ajuda. Nas filmagens também podemos ver monitoras no mesmo ambiente das agressões. A escola relata que mudou o agressor de período, no entanto, não foi apenas um autor.
A agressão aconteceu há um mês, porém as consequências deste episódio vem se arrastando. O resultado disso é um menor, com medo de retornar suas atividades cotidianas, fazendo tratamento psicológico e tentando acompanhar as aulas remotamente, porém de acordo com a mãe, a diretora da escola se recusou a aplicar provas para o menino e que se ele não retornar ao ambiente escolar pode reprovar por faltas.
A reportagem do Bolsão News conversou com a mãe da criança, que se sente indignada e frustrada com o meio escolar, já que este seria a segunda casa das crianças, onde deveriam estar aprendendo e sendo protegidas, e não imaginaria tamanho descaso e omissão de socorro, se o soco nesta região fosse mais forte, ou se arrastasse mais tempo, poderia ter acontecido algo muito grave com seu filho. E a preocupação que isso seja mais comum do que os pais imaginam. Ela ressalta que procurou vários órgãos competentes do município (como Diretoria da escola, Policia Militar, Secretaria de Educação, Câmara de Vereadores e Conselho Tutelar), mas a imagem que tem é que um “órgão empurra a responsabilidade para o outro, e um mês após o incidente ainda não obteve uma resposta concreta sobre o assunto e quais as medidas de segurança que serão aplicadas para evitar tragédias no ambiente escolar.”
Fonte: Bolsão News (Caroline Torres)
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