O fenômeno La Niña é a fase negativa de um fenômeno maior, conhecido como El Niño Oscilação Sul (ENOS). Sendo a La Niña caracterizada pelo resfriamento das águas do Oceano Pacifico Equatorial, além de causar influências nos padrões de circulação dos ventos, alterando o clima em algumas regiões do planeta, incluindo o Brasil.
Apesar do estabelecimento do fenômeno, alguns especialistas da agência revelam que, se desconsiderar o aquecimento anômalo das águas dos oceanos, o fenômeno La Nina, já poderia estar ativo desde agosto de 2024.
Mas vale ressaltar que, essa La Niña será de fraca intensidade, com no máximo de 12% de probabilidade de evoluir para uma intensidade moderada.
Comparação entre outros centros
Segundo o Bureau de Meteorologia da Austrália, em seu boletim emitido no dia 8 de janeiro de 2025, as condições oceânicas ainda permanecem como neutras. Apesar de que são observados elementos que colaboram com a presença da La Niña,
Segundo o centro australiano, a maioria dos limiares não são sustentados para uma condição de La Niña. Embora as observações mais recentes, ambos os indicadores, oceânicos e atmosféricos, estão mostrando um forte sinal de acoplamento, em um padrão consistente com a LaNiña.
Impactos na safra 2024/25
De maneira geral, estamos caminhando para o final da primeira safra, com as primeiras lavouras sendo colhidas, com boas perspectivas e plantas muito saudáveis.
E mesmo com a La Niña, a perspectiva é de um clima adequado para este final de safra, sem sinais dos impactos mais significativos do fenômeno aqui no Brasil.
A região centro-oeste, sudeste, MATOPIBA e nordeste, devem passar por um mês de fevereiro com chuvas abaixo da média, o que é positivo para o avanço do plantio, mas acende um sinal de atenção para as lavouras que ainda estão em estádios que demandam uma maior necessidade hídrica, como enchimento de grão e floração.
Além disso, caso o período seco seja mais persistente e acompanhado de temperaturas mais elevadas, deve impactar o plantio das lavouras de segunda safra.
Já no sul do Brasil, a expectativa é de um período mais úmido, o que pode limitar o ritmo da colheita nas lavouras mais precoces, mas favorecer aquelas que foram plantadas no final da janela de plantio.
E sobre as temperaturas, as projeções vêm mostrando um cenário mais favorável. Apesar das temperaturas estarem acima da média, não serão valores extremos como os registrados no ano de 2024.
Então, embora a La Niña esteja ativa, de acordo com a NOAA, os impactos serão muito limitados aqui no Brasil, causando poucos impactos nas lavouras da safra 2024/25. Contudo, será necessária muita atenção no plantio da segunda safra, com a possibilidade de falta de umidade no solo.
Agrolink – Foto: NOAA
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