O policial militar Lúcio Roberto Queiroz Silva, 41 anos, foi encontrado morto na cela do Presídio Militar, em Campo Grande. Ele foi condenado a 32 anos e 8 meses de prisão por dois homicídios qualificados: da esposa e de um amigo da família, em crime que causou comoção em Paranaíba (MS).
Segundo informações contidas no boletim de ocorrência, ele cumpria pena na cela 12 e foi encontrado morto pouco depois de conversar com a namorada por meio de videochamada. O caso foi registrado como suicídio.
O advogado José Roberto Rodrigues da Rosa, que representou o PM no processo criminal, diz que Queiroz foi encontrado por volta das 16h, mas a família só foi avisada às 18h. O corpo deve ser levado à Paranaíba.
Crime – Lúcio Roberto Silva matou a mulher e o corretor no dia 5 de outubro de 2019, em Paranaíba. À época, era o “cabo PM Lúcio” da PMA (Polícia Militar Ambiental), corporação onde trabalhava cedido pela PM. Segundo a investigação policial, o policial matou os dois por acreditar que estava sendo traído pela esposa, com base em denúncia sem provas apresentada a ele.
Em 2022, exame atestou transtorno mental, com semi-imputabilidade, ou seja, com perda parcial da compreensão da conduta ilícita e da capacidade de autodeterminação, sendo recomendado tratamento para controle dos impulsos e terapia.
Porém, o laudo não impediu a realização do julgamento, ocorrido no dia 31 de janeiro de 2023. Os jurados desconsideraram o exame e o consideraram culpado por dois homicídios qualificados. Além dos 32 anos e 8 meses de prisão, também foi determinada pagamento de R$ 210 mil em indenização aos familiares.
Centro de Valorização da Vida
Estudos mostram que um suicídio afeta ao menos seis pessoas que estavam ligadas à vítima. Se você estiver passando por problemas, procure ajuda. O Centro de Valorização da Vida (CVV) pode ser acionado pelo telefone 188, que atende gratuitamente 24 horas, ou pelo site www.cvv.org.br.’
Fonte: CGNews
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