Paciente, de 24 anos, internada na ala de trauma da Santa Casa de Campo Grande, diz ter sido assediada por um ‘falso médico’. A denúncia foi registrada nesta quarta-feira (3), na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).
Conforme o boletim de ocorrência, a paciente sofreu um acidente no dia 12 de dezembro e foi levada para a Santa Casa, onde passou por cirurgia. No dia 14 a mulher recebeu alta médica, mas foi internada novamente no dia 31, após sentir fortes dores provocadas por uma rejeição ao pino colocado na mão dela.
A paciente afirma que nesta quarta-feira, um homem – vestido com jaleco verde e com crachá de identificação do hospital – entrou no quarto e começou a mexer na medicação que estava sendo administrada.
Segundo os relatos, ele disse que precisava retirar o ar da mangueira de soro. Em seguida, alegou que precisaria fazer um novo acesso. Nesse momento, ele apertou o pescoço da vítima e mexeu na roupa da paciente, expondo parte do corpo dela propositalmente. Após isso, ele pediu para ver outro ferimento em uma parte mais íntima. Depois disso, o homem disse que tinha um primo internado em outra ala do hospital e saiu do quarto.
Constrangida, a vítima relatou o fato a uma enfermeira que disse que naquele setor não há ninguém com o nome informado pela paciente, mas que as descrições dele coincidem com a de um funcionário de outro setor e que ele não seria médico e não deveria estar naquela ala.
Orientada pela enfermeira, a paciente comunicou o fato a um supervisor que providenciou para que ela pudesse registrar o boletim de ocorrência na Deam.
A mãe da paciente, que preferiu não se identificar, disse em entrevista ao Jornal Midiamax, que está com medo do que pode acontecer, já que a filha permanece internada para passar por outro procedimento cirúrgico.
“E se ela estivesse sedada, o que poderia ter acontecido? Estamos com muito medo e preocupados. Minha filha está em estado de choque e quer ir embora, mas não pode porque precisa fazer mais uma cirurgia. Ela está internada e sem condições de se defender”, relata.
A reportagem do Jornal Midiamax entrou em contato com a assessoria de comunicação da Santa Casa para saber o posicionamento do hospital a respeito do caso. Até o fechamento desta matéria, não houve retorno. O espaço permanece aberto para manifestações.
Fonte: MidiaMax
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