Jornalista investigada pela PF vira assessora de gabinete na prefeitura de Campo Grande - Bolsão News

Jornalista investigada pela PF vira assessora de gabinete na prefeitura de Campo Grande

Promover atos tidos como antidemocráticos e virar peça de investigação tocada pela Polícia Federal por discordar da vitória do presidente Lula e a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro, do PL, ao que tudo indica tonificaram o currículo da jornalista Juliana Gaioso, nomeada para ocupar o cargo em comissão de assessora executivo I, no gabinete da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, do PP.

A nomeação dela apareceu na primeira edição do ano, nesta terça-feira (2), do Diário Oficial de Campo Grande.

Assinaram o documento a prefeita Adriane Barbosa Nogueira Lopes e a secretária municipal de Gestão, Evelyse Ferreira Cruz Oyadomari.

Pelo cargo, Juliana Gaioso, deve receber de salário algo em torno de R$ 12 mil mensais. Ela vai substituir o ex-vereador Marcos Alex Azevedo Melo.

Juliana já tentou ingressar na política, em Mato Grosso, sem sucesso. Em 2020, candidatou-se ao cargo de vereadora de Campo Grande; dois anos depois, em 2022, perdeu de novo ao brigar por um mandato na Assembleia Legislativa.

A jornalista já ocupou cargo de assessora parlamentar da senadora Soraya Thronicke, do Podemos, função que desemprenhou também na Câmara dos Vereadores de Campo Grande.

Em dezembro do ano passado, a jornalista em questão foi alvo de uma operação da Polícia Federal, cujo foco era identificar os financiadores de atos antidemocráticos, em Mato Grosso do Sul.

A ação da PF foi posta em prática, à época, por determinação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes. Passaporte e telefone dos implicados na investigação, incluindo o da agora contratada pela prefeitura, Juliana Gaioso, foram apreendidos.

A jornalista caiu nesta investigação graças a um serviço secreto tocado pela equipe de segurança do governo de Mato Grosso do Sul que listou os prováveis envolvidos com os manifestos antidemocráticos, depois da eleição de Lula, em MS. Uma relação de nomes dos implicados foi enviada para as mãos do ministro do STF.

A jornalista, que teve contra ela um mandado de busca a apreensão, negou, à época, agir nos manifestos, incluindo os promovidos em frente aos quartéis de Campo Grande.

SANTA E REVÓLVER

Em 2020, ano que concorreu a uma das vagas na Câmara dos Vereadores de Campo Grande, Juliana polemizou nas redes sociais ao publicar uma fotografia sua segurando com a mão direita uma pistola e, na esquerda, exibia a imagem de Nossa Senhora Aparecida.

Do lado, uma controversa mensagem: “Dai-nos a benção, oh mãe querida Nossa Senhora Aparecida”,

Em seguida, mais uma fotografia dela ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A reportagem tentou conversar com a jornalista, mas até esta publicação não tinha conseguido. Assim que ela se manifestar, o material será atualizado.

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