Massa de salários em circulação na economia aumentou em R$ 13,847 bilhões no período de um ano, para o nível recorde de R$ 300,164 bilhões, uma alta de 4,8% no trimestre encerrado em novembro de 2023 ante o trimestre terminado em novembro de 2022.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na comparação com o trimestre terminado em agosto, a massa de renda real subiu 3,2% no trimestre terminado em novembro, R$ 9,294 bilhões a mais.
Houve expansão tanto no número de trabalhadores quanto no rendimento obtido por quem estava trabalhando. O rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve uma alta real de 2,3% na comparação com o trimestre até agosto, R$ 67 a mais, para R$ 3 034.
Em relação ao trimestre encerrado em novembro de 2022, a renda média real de todos os trabalhadores ocupados subiu 3,8%, R$ 111 a mais.
A renda nominal, ou seja, antes que seja descontada a inflação no período, cresceu 3,0% no trimestre terminado em novembro ante o trimestre encerrado em agosto. Já na comparação com o trimestre terminado em novembro de 2022, houve elevação de 8,9% na renda média nominal.
Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, a renda real do trabalhador cresce com a desaceleração da inflação e também com remunerações maiores obtidas do mercado de trabalho.
“Eu acho que pode ser combinação dos dois fatores, tanto a desaceleração da inflação, e também uma parte aí vindo do crescimento das remunerações em si”, avaliou Beringuy.
Informalidade
Ainda, o país registrou uma taxa de informalidade de 39,2% no mercado de trabalho no trimestre até novembro de 2023. Havia 39,400 milhões de trabalhadores atuando na informalidade no período, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), apurada pelo Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE).
“É o maior contingente de população ocupada informal da série histórica iniciada em 2016”, disse Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.
Em um trimestre, mais 416 mil pessoas passaram a atuar como trabalhadores informais. O total de vagas no mercado de trabalho como um todo no período cresceu em 853 mil novos postos de trabalho.
Em um trimestre, na informalidade, houve elevação de 243 mil empregos sem carteira assinada no setor privado; de 108 mil trabalhadores domésticos sem carteira assinada; de 96 mil pessoas no trabalho por conta própria sem CNPJ; e de 15 mil empregadores sem CNPJ. Houve redução de 47 mil pessoas atuando no trabalho familiar auxiliar.
A população ocupada atuando na informalidade cresceu 1,1% em um trimestre. Em relação a um ano antes, o contingente de trabalhadores informais subiu em 592 mil pessoas, alta de 1,5%.
Fonte: CorreioDoEstado
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