Preço do milho segue subindo - Bolsão News

Preço do milho segue subindo

No Brasil os preços do milho continuaram subindo, puxados pelas fortes exportações  e pela expectativa de uma produção menor em 2024, especialmente na safrinha,  devido ao atraso no plantio da soja no Centro-Oeste.

De acordo com Central Internacional de Analise Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA), a média gaúcha subiu para R$ 59,35/saco, enquanto nas demais praças nacionais os  preços do milho ficaram entre R$ 40,00 e R$ 66,00/saco. Em relação há um ano atrás,  o preço médio do saco de milho, no Rio Grande do Sul, está 29,7% mais baixo.

Particularmente no Mato Grosso, segundo o Imea (Instituto Mato-Grossense de  Economia Agropecuária), a última safrinha de milho foi realizada sobre 7,49 milhões de  hectares, com uma produtividade média de 116,8 sacos/hectare, resultando em uma  produção total de 52,5 milhões de toneladas (19,8% acima do registrado no ano  anterior). “Por outro lado, a maior produção e os problemas de armazenagem levaram o preço ponderado pela comercialização cair 21,75% até novembro/23, ante o  registrado na safra 2021/22, o que travou as negociações por parte dos produtores,  deixando apenas 82,7% do cereal já negociado.” Ainda segundo o Imea, para a safra  2023/24, a área semeada deverá recuar 6,3% devido aos baixos preços e ao clima.

Assim, a produtividade média recuaria para 103,8 sacos/hectare, com recuo de 11,1%  sobre 2022/23, e com uma produção 16,7% menor, ficando em 43,75 milhões de  toneladas. Mas estes números podem mudar ainda devido ao clima.

Por sua vez, a Datagro indica que a área total com milho no Brasil, em 2023/24, deve  chegar a 21,1 milhões de hectares, ficando 9% abaixo da executada no ano anterior, o  que resultaria em uma safra de 117,4 milhões de toneladas, ou seja, 14% abaixo das  136,4 milhões colhidas neste último ano.

Por sua vez, a Anec estima que o Brasil feche dezembro com 7,2 milhões de toneladas  de milho exportadas. Com isso, o total exportado no ano chegaria a 56,2 milhões de  toneladas, ou seja, um volume muito próximo do que a Secex vem indicando.

Fonte: Agrolink

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