Consumidor do futuro vai dar prioridade a empresas que preservam o meio ambiente - Bolsão News

Consumidor do futuro vai dar prioridade a empresas que preservam o meio ambiente

Em meio ao cenário em que novas gerações preocupam-se em consumir de empresas sustentáveis, bem como 80% das líderes e empresas mundiais olham para sustentabilidade, acontece nesta terça-feira (24), o Fórum de Sustentabilidade em Campo Grande, que reúne especialistas para debater ESG Environmental Social Governance em tradução livre, sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa.

O evento começou nesta manhã, no Bioparque Pantanal, contando com a presença de palestrantes como o governador Eduardo Riedel, a jornalista e apresentadora Rosana Jatobá, o presidente do Pacto Global Brasil Carlo Pereira, o presidente da Associação de Investidores de Mercado Financeiro, e o consultor em governança e sustentabilidade Sílvio Barros.

Palestrantes e ouvintes reuniram-se em prol de um objetivo, discutir a importância das práticas de sustentabilidade no mercado brasileiro e sul-mato-grossense.

“Embora ESG seja uma sigla que nasceu no mercado de capitais, a preocupação era justamente de saber em quais empresas o banco ou o fundo de investimento pode colocar dinheiro e ela vai sobreviver”, explicou o engenheiro civil e consultor em governança colaborativa e sustentabilidade, Sílvio Barros.

A jornalista Rosana Jatobá, mediadora do 1º Fórum RCN de Sustentabilidade, avalia que a cultura ESG é uma tendência sem volta e que traz oportunidades para gestores públicos e privados.

“A agenda ESG é uma agenda de responsabilidade compartilhada […] É muito importante que o gestor público tenha total noção e comece a implementar essa questão da agenda ESG, porque o que a gente espera hoje de um grande gestor, é que ele tenha conhecimento sobre as grandes oportunidades que se abrem no mercado, para que seja possível amplificar exatamente o bem-estar da população. O que eu tenho notado é que hoje existe uma grande mobilização, sim, não apenas do setor privado”, disse Rosana.

Como mediadora, Rosana destacou o quanto torna-se fundamental aplicar práticas mais sustentáveis no mercado, tanto com relação ao futuro do planeta quanto em questão do perfil do público de consumo que emerge das novas gerações.

“As novas gerações, começando pelo Millenials e pela geração Z, já procuram consumir e trabalhar em empresas que cumprem com requisitos que contribuem com impacto positivo no meio ambiente”, destacou.

Atualmente, observa-se o quanto as empresas contribuem para o bem estar social e ambiental.

Percebe-se, ainda, o crescimento expansivo de empresas que não realizam mais testes em animais, principalmente no ramo da beleza e saúde.

Sobretudo, os novos padrões de consumo mostram um movicmento de retorno às origens de alguns hábitos, em que, por exemplo, no mercado da moda, a preocupação com qualidade e durabilidade de tecidos mostra-se padrão crescente.

Aqueles que possuem um poder de compra maior já priorizam por esses padrões mais sustentáveis.

Essas novas gerações, que hoje começam a ganhar espaço no mercado de trabalho, serão, em cerca de 7 anos, responsáveis por mais de 70% da tomada de decisão de consumo, mostrou a jornalista na abertura do evento.

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Em números, destaca-se que hoje os investimentos sustentáveis chegam a US$ 35 trilhões, 42% dos ativos gerenciados no mundo.

Diante disso, gestores responsáveis por US$ 57 trilhões se comprometeram a descarbonizar seus portfólios. Além disso, gestores responsáveis por US$ 37 trilhões se comprometeram com mestras baseadas na ciência.

Sobretudo, 65% dos países, que representam 95% das emissões de carbono, têm compromissos zero.

Ou seja, a viabilidade e aplicabilidade de práticas ESG já é uma realidade atual e com tendência de crescimento no mundo todo.

Fonte: CorreioDoEstado

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