Erberth (esquerda) e André Pessoa foram presos (Reprodução)
Dois lutadores de jiu-jítsu foram presos em Boituva, interior de São Paulo, após estuprarem ao menos quatro garotas de programa em Mato Grosso do Sul, nas cidades de Campo Grande e Três Lagoas. Eles vieram para participar de um seminário que ocorreu no Estado na última segunda-feira (21), porém, não compareceram ao evento. Policiais do Batalhão de Choque de Campo Grande atuaram na prisão dos dois lutadores.
Um dos atletas é o campeão de jiu-jítsu Erberth Santos de Mesquita. O outro é André Pessoa.
Após o evento, os dois lutadores foram até uma casa e contrataram os serviços das garotas, em Campo Grande, sendo que quando chegaram à residência, os dois questionaram se havia mais meninas no local. Elas responderam que estavam só as duas.
Assim, um dos lutadores subiu para um dos quartos do andar de cima com uma das meninas e o outro ficou no térreo. Em seguida, um deles se tornou agressivo e agrediu uma das mulheres, mandando ela calar a boca. As duas foram amarradas pelas mãos.
As duas foram estupradas e, em seguida, os lutadores arrombaram um baú levando o dinheiro do dia, aproximadamente R$ 700. Levaram também o sistema de monitoramento externo da casa e os celulares das vítimas. Elas contaram que os autores estavam em um Fiat Uno. Durante os estupros um dos lutadores jogou no vaso sanitário o preservativo e outro preservativo foi apreendido pelos policiais.
Informações do Batalhão de Choque indicam que a polícia rastreou histórico de passagens do carro por pontos de monitoramento das quatro rodovias em Mato Grosso do Sul e confirmou o trajeto que coincide com rastro de estupros a garotas de programa.
A delegada da DEAM (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), Analu Lacerda disse que já foi feito o pedido de prisão preventiva dos dois lutadores, e que os dois devem prestar depoimento em São Paulo. Analu ainda falou que o delegado do estado de São Paulo poderá colocar no flagrante o caso de estupro ocorrido em Três Lagoas.
O Jornal Midiamax tentou contato com um dos atletas por telefone celular, mas as ligações não foram atendidas. O outro atleta não foi localizado pela reportagem. A reportagem também tentou contato com a defesa de ambos os lutadores, mas sem sucesso. As tentativas de contato foram devidamente registradas e o espaço segue aberto para manifestação dos suspeitos.
Estupro em Três Lagoas
Depois dos crimes em Campo Grande, os homens seguiram para Três Lagoas. Um dos autores havia contratado o programa de uma jovem, de 24 anos, por meio de um site. Ao chegar ao local, onde a jovem mora com as amigas, o homem foi acompanhado de outro rapaz.
Eles foram para o quarto e, durante o serviço, o homem sacou uma faca, que estava escondida nas roupas e ameaçou a jovem a terminar o ato. Ele, inclusive, pressionou a lâmina da faca na costela da vítima.
Ao sair do quarto, a jovem constatou que os autores haviam confinado as amigas em outro cômodo, mediante ameaça com uma arma de fogo e roubado o dinheiro delas, que totalizou R$ 1,2 mil, além dos documentos que estavam nas bolsas.
Eles ainda fugiram a pé, levando também 7 aparelhos celulares. O caso foi registrado como roubo e estupro. Na delegacia, a jovem apresentou o site onde o rapaz a contratou, o perfil dele e prints de conversas para a contratação dos serviços.
Depoimento da vítima
Uma das vítimas, que teve a identidade preservada, contou os momentos de horror vividos durante o estupro. “Eles nos enforcavam e diziam que iram nos matar. Jogaram um cobertor em cima de nós. Pensamos que iríamos morrer. Só conseguíamos orar e implorar por nossas vidas”, conta, ainda com medo.
A vítima conta que os dois lutadores chegaram juntos à casa onde trabalha. Ela e um dos suspeitos foram para o quarto onde aconteceria o programa. O comparsa ficou no primeiro andar onde estava outra vítima e a gerente do local.
“Logo que entramos no quarto ele recebeu uma mensagem. Acho que era o outro avisando que tinha rendido as outras duas meninas”, relata. As três mulheres foram amarradas. Uma das garotas e programa teve os braços presos com fita e a outra com fio de extensão.
“Nossos braços ficaram machucados. Eles tinham muita força, tentamos nos defender, mas mesmo as três tentando, não conseguimos. Um deles era muito forte e tinha consciência disso”, afirma.
Fonte: Midiamax
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