Um menino de cinco anos, morador de Ribas do Rio Pardo, a 97 km de Campo Grande, foi vítima de picada de escorpião quando colocava o sapato para ir à escola. O acidente aconteceu na última terça-feira (15), no bairro Parque Estoril, e acendeu o alerta na cidade de 23,1 mil habitantes.
A criança foi picada pela espécie Tityus Serrulatus, conhecida popularmente como escorpião amarelo. Ele foi encaminhado para o Hospital Municipal Dr. José Maria Marques Domingues. Porém, devido a gravidade do caso, foi transferida para o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande.
Procure o médico
Levantamento do Civitox MS (Centro Integrado de Vigilância Toxicológica de Mato Grosso do Sul) aponta 3.205 ataques de escorpiões em 2022, sendo 1.101 em Campo Grande.
O responsável clínico do Civitox MS e professor adjunto de dermatologia da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Alexandre Moretti de Lima, explica que a primeira coisa a fazer após uma picada de escorpião é procurar imediatamente o atendimento de emergência para verificar a gravidade do acidente.
“É importante levar o escorpião porque no posto de saúde vai tirar foto e mandar para os biólogos do Civitox para analisar a espécie”, ele orienta.
Geralmente, com o uso de pá ou vassouras, as pessoas empurram o escorpião para dentro de um frasco.
Alexandre afirma que a maioria dos casos são leves e os tratamentos geralmente são para dor. Contudo, há uma parte de casos moderados e graves que necessitam de soro antiescorpiônico.
Como evitar o escorpião?
Campo Grande ainda não vive a época mais propícia para aparecimento de escorpiões, que seriam primavera e verão. Contudo, como o inverno no Estado tem a tendência de ser mais quente, alguns animais saem das tocas, bueiros, esgotos, caixas de gordura à procura de alimentos.
“É importante manter o condicionamento dos lixos sempre fechados, armazenados em locais específicos, evitar entulhos, deixar sempre limpo terrenos baldios. Em casa, é fundamental fechar ralo, frestas, colocar água sanitária nos ralos, nos buraquinhos em que eles podem sair, diminuindo a proliferação”, explica o especialista.
Todas essas dicas são importantes para evitar o aparecimento de escorpiões e dos insetos, como baratas e moscas, que são o alimento do animal peçonhento.
“A dedetização ajuda a controlar os insetos. Se controla os alimentos, você não traz o escorpião para próximo do ser humano”, afirma Alexandre.
Ele também ressalta a importância de monitorar as crianças, já que elas são as mais vulneráveis para casos graves. Os sintomas iniciais que indicam sinal da gravidade são náuseas, vômitos, salivação e palidez.
Fonte:MidiaMax
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