O fenômeno climático El Niño, que possui uma alta probabilidade de ocorrer em 2023, tem despertado a atenção mundial. Segundo a Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), espera-se que o El Niño seja confirmado em agosto, com uma chance de 90% de alterar o regime de chuvas no Brasil e elevar a temperatura global em 1,5 ºC.
Na prática, caso o El Niño se confirme, isso terá diversas consequências. De acordo com meteorologistas, espera-se uma maior concentração de chuvas no Sul do Brasil, com possibilidade de precipitações irregulares no Sudeste e Centro-Oeste, e uma tendência de escassez de chuvas no Nordeste. Em relação ao mercado financeiro, o Santander (SANB11) publicou um relatório sobre os efeitos do fenômeno nas ações brasileiras e alertou para possíveis impactos no setor agrícola, além de destacar empresas que podem se beneficiar dessa situação.
De acordo com o relatório do Santander, algumas das empresas que podem se beneficiar dos efeitos climáticos do El Niño são Jalles Machado (JALL3), São Martinho (SMTO3) e BRF (BRFS3). No caso da Jalles Machado, o relatório indica que a safra 2023/2024 não deve ser grandemente impactada pelos efeitos climáticos do fenômeno. No entanto, é importante ressaltar que a empresa enfrentou uma estiagem severa no ciclo anterior. Com fortes chuvas nas lavouras, espera-se que o período de colheita da empresa, que normalmente dura cerca de 220 dias, possa aumentar entre 15 e 20 dias. Isso pode trazer benefícios para a Jalles Machado, uma vez que poderia aproveitar melhores preços para o açúcar.
Fonte: Agrolink
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