No cenário internacional, petróleo caiu e o dólar subiu, cenário desfavorável às commodities de exportação, caso da soja.
O mercado brasileiro de soja teve uma segunda-feira (10) travada. Não houve reporte de negócios relevantes. Os agentes esperam pelo relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) desta terça-feira (11). Os prêmios seguem negativos e os preços ficaram de estáveis a mais baixos hoje.
Veja os preços da saca de 60kg de soja:
- Passo Fundo (RS): subiu de R$ 145,00 para R$ 149,00
- Região das Missões: avançou de R$ 143,00 para R$ 147,00
- Porto de Rio Grande: seguiu em R$ 154,00
- Cascavel (PR): permaneceu em R$ 138,00
- Porto de Paranaguá (PR): se manteve em R$ 150,00
- Rondonópolis (MT): depreciou de R$ 135,00 para R$ 132,00
- Dourados (MS): retração de R$ 139,50 para R$ 136,00
- Rio Verde (GO): estabilizou em R$ 133,00
Bolsa de Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com preços entre estáveis e mais baixos. Em dia de volatilidade, o clima de aversão ao risco no mercado financeiro mundial, o clima favorável nos Estados Unidos e o posicionamento frente ao relatório do USDA determinaram a pressão sobre as cotações.
Com o mercado de trabalho norte-americano aquecido, foram renovadas as preocupações com a política monetária daquele país. Como resultado, o petróleo caiu e o dólar subiu, cenário desfavorável às commodities de exportação, caso da soja.
Os investidores se posicionam frente ao relatório de oferta e demanda de abril, que será divulgado nesta terça USDA às 13 horas (horário de Brasília).
O Departamento deve cortar a sua estimativa para os estoques finais dos Estados Unidos em 2022/23. Além disso, é esperada nova redução na projeção de safra da Argentina.
Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques americanos de 201 milhões de bushels em 2022/23. Em março, a previsão ficou em 210 milhões de bushels.
Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2022/23 de 98,6 milhões de toneladas, contra 100 milhões previstos em março.
Prejeções do USDA para a soja
O USDA deve cortar a projeção de safra da Argentina de 33 milhões para 29 milhões de toneladas, reflexo da prolongada estiagem naquele país. Para o Brasil, a aposta é que a produção tenha sua previsão elevada de 153 milhões para 153,6 milhões de toneladas.
As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 669.566 toneladas na semana encerrada no dia 6 de abril, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O mercado esperava 590 mil toneladas. Na semana anterior, as inspeções de exportação de soja haviam atingido 503.900 toneladas.
Contratos futuros
Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com baixa de 5,25 centavos ou 0,35% a US$ 14,87 1/4 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 14,61 3/4 por bushel, com perda de 0,75 centavo de dólar ou 0,05%.
Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com baixa de US$ 3,60 ou 0,79% a US$ 450,70 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 54,48 centavos de dólar, com perda de 0,05 centavo ou 0,09%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,13%, sendo negociado a R$ 5,0660 para venda e a R$ 5,0640 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,0390 e a máxima de R$ 5,0930.
Fonte: Canal Rural
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