Nos últimos 10 anos, desastres naturais causaram prejuízo de R$ 21 bilhões para Mato Grosso do Sul. Neste período, tempestades deixaram mais de 11 mil pessoas desalojadas no Estado.
O levantamento foi realizado pela CNM (Confederação Nacional dos Municípios), no intervalo de 2013 a 2023. Assim, a Confederação aponta que MS teve R$ 15,9 milhões de prejuízos causados por seca. Além disso, o Estado registrou R$ 5 milhões em prejuízos devido às chuvas.
Das 27 unidades federativas, MS é o 6º com maior prejuízo causado por outros desastres naturais. São R$ 986 milhões em perdas durante os últimos 10 anos.
Desabrigados e desalojados
Chuvas e tempestades deixaram mais de 11,2 mil pessoas desalojadas pelo Estado. Vale lembrar que desalojada é quem foi obrigada a abandonar temporária ou definitivamente sua habitação em função de evacuações preventivas, destruição ou avaria grave, decorrentes do desastre. Contudo, essas pessoas não precisam necessariamente de abrigo provido pelo Governo.
Enquanto outras 1,8 mil pessoas ficaram desabrigadas. Neste caso, se encaixam os moradores que tiveram as casas danificadas ou destruídas por desastres e que não tem para onde ir. Ou seja, quase 2 mil pessoas precisaram de abrigo provido pela administração pública local, estadual ou federal.
Por fim, a CNM aponta que dos R$ 64,7 milhões empenhados, a União pagou R$ 61,2 milhões para MS. O valor é o 9º menor do país e representa menos de 1% dos prejuízos registrados pelo Estado.
Logo, a CNM alerta que “a falta de recursos para prevenção no orçamento de desastres do país, é um dos principais motivos para a recorrência dos problemas”.
Estragos por MS
São dezenas de estradas destruídas, pontes levadas pela enxurrada e inúmeras casas alagadas pelo Estado. Cidades ainda contam os prejuízos das chuvas com volumes históricos em fevereiro de 2023, que já fizeram 9 municípios de Mato Grosso do Sul decretar situação de emergência.
Desde o começo do mês, são diversas publicações diárias sobre a destruição que a chuvas tem deixado pelo Estado. Até então, Bonito, Porto Murtinho, Antônio João, Bela Vista, Nioaque, Tacuru, Ponta Porã, Ivinhema e Ribas do Rio Pardo já publicaram oficialmente as situações de calamidade.
Os decretos servem como ações de emergência para fazer intervenções em áreas afetadas pelas chuvas de forma mais ágil a fim de reverter a situação à normalidade, seja por meio da Defesa Civil ou dos órgãos municipais, a depender dos tipos de estragos.
O governador do Estado, Eduardo Riedel (PSDB), se reuniu com prefeitos de cidades afetadas pelas chuvas no final de fevereiro. Maquinários dos municípios e do Estado devem atuar na recuperação das perdas quando o tempo firmar.
“Se é problema dos municípios, é problema do Estado. Vamos atacar de imediato [os problemas] com o reforço de maquinário. Já pedimos as máquinas do Prosolo para atuar diretamente na manutenção das estradas afetadas, como, por exemplo, a MS-382”, destacou.
Fonte: Midiamax
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