Morreu nesta segunda-feira (12), Jhemerson de Jesus Belmonte, o menino de 2 anos que passou 20 dias em coma na Santa Casa de Campo Grande, após ter sido agredido pela mãe e o padrasto. Ambos estão presos e a informação foi confirmada pela avó materna.
Ao Jornal Midiamax, a avó materna da criança disse que esteve no hospital nesta segunda-feira (12) no horário da visita, esteve com o neto, mas ao chegar em casa, recebeu a notícia da morte. “Estive com ele, peguei no colo, mas ele morreu”, disse a avó, emocionada. A Santa Casa ainda não se pronunciou sobre o caso.
Há dias a família dizia que o estado de saúde da criança era irreversível. Mas o Hospital realizou protocolo de morte encefálica e o resultado deu inconclusivo. Segundo as informações, o menino apresentou atividade elétrica durante o eletroencefalograma.
O bebê apresentava lesões no crânio, pulmão, fígado e líquido no abdômen. A Polícia concluiu que ele foi espancado. A mãe, de 19 anos, e o padrasto, de 24, são apontados como responsáveis pelas agressões. O casal foi preso no dia 1° de fevereiro.
Família arrecada dinheiro para sepultamento
A avó e amigos da família disseram que estão arrecadando dinheiro para realizar o velório e enterro da criança. De família pobre, eles alegam não ter condições de arcar com as despesas orçadas em mais de R$ 2 mil.
Quem tiver interesse em ajudar ou saber mais sobre a iniciativa, pode falar com amigos da família pela telefone (67) 99193-8385.
Sem acreditar que a filha teria envolvimento com o que ocorreu com o neto, a mulher chegou a falar em depoimento que o padrasto seria o único culpado, mas com o decorrer das investigações descobriu-se que a mãe também havia participado das agressões, e com isso, o mundo de Maria Aparecida desmoronou: “meu perdão ela não tem mais”.
Suspeita de agressão e tentativa para despistar polícia
O caso ganhou repercussão depois que o menino, de apenas dois anos, foi internado na Santa Casa de Campo Grande. Ele foi levado para o hospital por uma equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que foi acionada para socorrer uma criança que sofreu uma queda em via pública.
Segundo a Polícia Civil, no hospital, a mãe, uma jovem de 19 anos, apresentou outra versão. Aos médicos ela disse que o filho caiu enquanto brincava em casa com a irmã mais velha, de 4 anos. O relato chamou a atenção dos médicos, que acionaram a polícia após constarem que as lesões eram incompatíveis com a explicação apresentada por ela.
A delegada responsável pelas investigações, Nelly Gomes dos Santos Macedo, da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), afirma que, em todas as versões apresentada à Polícia Civil, a mãe tentou inocentar o padrasto, de 24 anos. “Ela tentou defender ele apresentando versões que o tiraram das cenas”, relata.
Mesmo com o depoimento da mãe, que dizia que o companheiro não estava presente no momento da suposta queda, as investigações revelaram que o suspeito estava na casa onde ocorreram os fatos. Testemunhas também confirmaram terem visto o homem no local.
O casal – que tentou despistar a polícia apresentando versões diferentes sobre o caso – foi preso no dia 1° de fevereiro, em cumprimento de mandados de prisão temporária realizado por policiais da DEPCA. Mesmo após as investigações apontarem a autoria do crime, a mãe e o padrasto segue sem admitir as agressões.
Midiamax
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